terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Notes!

E assim, naquele momento em que olhei aquele Topázio e o coloquei no bolso do meu peito, o Olimpo inundou com as águas revoltas aquela Terra, nunca antes, inundada. Tal como a CHUVA, aquilo que nasceu pelo que sentimos um pelo o outro, a água teve nascente (TU), flui pelo rio de cada um, e desembocará num mar maior (NÓS)...
Deixa-me ser o afago quente da tua respiraçao, para que no nevoeiro frio, mesmo quando nao te vejo, eu saber que moras dentro da minha jubaa!
Exacerbada a alma em que o destino se comprazia, deitei a cabeça sobre o silêncio dos meus braços unidos e adormeci ,entregando-me às subtilezas tristes do meu intento. Em pasmos de condolência, sobrevivo eu a este meu pesar, alumiando as alegrias que me são tão poucas quando a meu lado nada és, senão o vazio que me preenche o espaço, ou o silêncio que me quebra o tédio.. (MM) :(
Gaivota essa, que pelas nuvens do Inverno da cor do carvão tem o seu coração. Chegará o tempo em que o sol brilhará, a gaivota voará e o céu será daquele que a verá volejar e com ela viajará! (Topázio)
Vermelho e vivo meu coraçao, esta maça que o mundo prova e se envenena, irá sempre ser o quadro onde pintarei minhas mágoas prostradas em alegrias... Encantamento ou maldição, dom ou condenação, sei que o beijo que os meus olhos tomam em teus lábios é subjugado a esta minha maça que de vermelho tem, mas sangue não contém, apenas o veneno a que me condeno..

E assim, olhando entre as grades o sol dividido pelo martírio que lhe assolava a consciência, Teresa pensava nos olhos de Simão e com eles se transportava no silêncio escuro. Grades eram também os olhos de Teresa quando na noite já longa lhe pesavam sobre as pálpebras e não a permitiam ler as cartas de Simão, todo o dia lidas e relidas. Todos os dias pensadas, todos os dias sentidas. (Topázio) (MM)

Alvejado estou nesta letargia, nesse desassossego que me esconde e me revela; tudo é frio e o silêncio já não se quebra. Investidas são feitas e os desamores são proclamados, porque na incerteza de se viver, prefere-se fingir. Os sentimentos são para o palco, as lágrimas para os poetas, e os sorrisos para os palhaços! Morri!...
Noite... Dispo-me para ti para em segredo seres minha. Pego-te nos cabelos e torno-os extensão do meu corpo pesado que em estátua se encontra reconfortado.. Faz de mim assim, tal e qual assim, devorando-me com o escuro e fazendo dos meus olhos, a luz que ilumina a pena do poeta... Sou a pena do poeta, desvairada e de sentimentos carregada, tão triste, tão alegre, tão só de somente assim
Deixa-me ser o prolongamento dessas lágrimas que pintas sobre as minhas faces! Com o pincel do teu olhar pintas-me aqueles dias cinzentos, e quando choves sobre mim, adormeces-me entre os lábios e assim ficas a descansar, perto de mim, abraçado em mim, sempre assim...
Se uma rosa te beijar os pés, é porque quer quer sejas o seu caule; Se uma gota te beijar as faces, é porque quer que sejas a sua fonte; Se uma folha te adormecer em cima dos ombros é porque quer que sejas a sua árvore; Se um floco de neve acariciar-te os cabelos é porque quer que o que aqueças e se um dia descobrires aquilo que me faz sorrir, é porque descobriste que TU me fazes feliz *.* (MM) - Topázio
Madrugam-se as manhãs com vontade de na noite dormirem. Sabem de cor a escuridão que sobre ela banhas e são felizes na noite, a serem a brisa que respiras, a ser o frio que te enche o corpo ou a ser os teus olhos fechados para sempre aos meus ligados...
Debruçado, analisando as maresias em que o vento me transporta, dispo o sal que me beija os areais e acaricio-te os pés em segredo... Olhas para mim do alto e iluminas-me o azul com o sol em que te descobres... Sou a maré abandonada em teus poros alojada, aquele sal diferente que torna o meu céu mais cheio.. em segredo, mas assim... Convido-te a sentar e banhando-te o corpo, adormeço-te... Assim...
Faço dos teus pés os acentos das minhas palavras, das tuas respirações as minhas vírgulas e dos teus olhos as palavras mais bonitas para em silêncio me tornar poeta e fazer do teu corpo poesia...
Somos crianças inocentes. Amamos, conhecemos, somos o que somos mas somos nós mesmos. Num tempo em que se questional os comportamentos de seres humanos, lembrem-se que cada um é como cada qual e existem telhados de vidro que se desmoronam.. Todos somos lágrimas, cada um com o seu peso, mas um dia nascemos e um dia vamos cair. Até lá, resta-nos brilhar ao canto de olho e se for com alguém, ainda melhor!
Se aprumo a minha inteligência com rasgos de raciocínio, aclaro o meu sentimentalismo com rasgos de irracionalidade. A inconsciência dá-nos esse prazer de nos entregarmos a devaneios loucos. Nesses rasgos de imoralidade, eu sou o desenho pronto a ser desenhado, essa sede se ser sem fome de ser ter..
Calço-te as botas de neve, visto-te as calças escuras do cinzento que te desenha e coloco-te um casaco molhado feito pelas gotas em que pintas o teu quadro. Na cabeça, coloco-te um gorro branco como a neve, e nas mãos em vez de umas luvas, dou-te as minhas mãos para que juntos entremos no teu mundo mais confortados. Aceitas, meu INVERNO??
Empunho uma espada, sou cavaleiro! Empunho uma pena, sou poeta! Empunho um chapéu, sou pintor! Empunho uma lágrima, sou humano! Empunho um beijo, sou apaixonado! Empunho a tua mão, sou Feliz *.* (MM)
De joelhos de bóina na cabeça e olhar envergonhado, peço-te a mão.Sentado, de olhar suspeito e maças coradas, peço-te as faces para nelas revelar um beijo. Deitado, com olhar revelador e brilhante, colo-me ao teu corpo e conto-te um segredo... Assim foi... Assim será... Adormeces... e quando acordo... *.* já não olho,não escuto,não falo... apenas estendo a mão e te penteio os cabelos de uma noite que nunca dormiu...
Como rastos de uma palavra sem dizer, resta apenas a pausa silenciada, esse sabor sempre diferente a que chamo de prazer, quando o pouso entre os nossos lábios. Tão só e claro, como interior e declarado..
Com a sensação de o tempo ter falado e termos escutado os seus desabafos em sopros de resistência, fazemos revés ao que não mudou e andamos sobre as margens que constroem a parede de um outro tempo qualquer. Em vez de andarmos e apagarmos o tempo, tornamo-nos tempo dando tempo ao tempo. Seduzimos segundos, afundamos minutos, sopramos horas, gritamos décadas, abraçamos milénios. Por um qualquer sonho, assim será tempo de a realidade gritar e ser o tapete onde o tempo voará nesse sopro sempre teu.. As memórias foram memórias porque um dia alguem as ignorou naquele passado distante. Uns vivem da memória, do toque sempre presente que nos tocou e permanece. Fazemos do ultimo sopro da resistencia, da ultimo beijo apaixonado, do ultimo segredo revelado, da ultima vontade, do ultimo desejo a que me apego para ir contruindo o tempo que falta e te ver erguer a meus olhos. Sou feliz com o fantasma que me apegaste aos pés e que me faz caminhar, rasgar as marcas do tempo enquanto as mastigo por não te ter.Vivo dos sonhos que me colocaste nas pernas e que são sempre desabafo quando correm mais que os meus pensamentos. Eles buscam o prazer que lhes falta.Sentem falta da mão, da textura, do toque, da mostra de uma vontade qualquer. Do tronco e dos braços, faço a árvore que um dia plantaste. As folhas misturam-se, revoltam-se, sopram-se entre si mas buscam sempre a paz apaziguadora quando lhes mostras o caminho. Dentro de mim teces uma verdade, e a maquina de costura do meu coraçao ainda vive, para fazer aquele tempo vestido de felicidade. O tempo em que acordarei, com o sabor do teu olhar, o tempo em que me despeço absorvendo-me do simples prazer de te tocar na mão, do almoço que é sempre junto porque fazemos das nossas bocas colheres para os dois, dos nossos dentes garfos e das nossas linguas finas facas que nao cortam o que um dia se construi... A meio da tarde, o tempo é vestido por um passeio À beira mar. A água não molha, so me ocupa os pés... A água revolta mostra-me que a sede do mundo é tao grande como o desejo de te ter, e porque a noite não termina o que um dia fez viver, pouso a cabeça no teu peito e nasço de novo para outro dia, sempre com a mesma vontade de aprender a viver. Sempre com o mesmo desejo de voltar a ser. Sempre com a vida de ser sempre o mesmo ao lado daquele que um dia fez viver a estátua adormecida...