sexta-feira, 19 de março de 2010

Da cor do nada - Parte II

Naquele dia impelia-me uma vontade de voltar a ver o sol. Sabia que era da cor da alegria porque quando raramente sentia este sentimento lembrava-me da sua luz brilhante e perguntava-me para mim mesmo a sua cor. Levantei-me da cama e sentei-me à escrivanhinha. Peguei na pesada caneta cheia de mágoas e tristezas e lembrou-me de lembrar-me, mas não consegui… a pessoa triste que morava em mim havia ficado entre os lençóis que me cobriam a respiração pesada durante os momentos da noite. Há dias em que as pessoas são felizes a não serem elas mesmas. Há dias em que as pessoas são tristes, mas felizes porque encaram os sentimentos de forma verdadeira.
O dia não estava muito frio, mas havia uma brisa estranha no ar que me pesava o andar. Tornava-me normal, sendo estranho estar ali. Talvez até demais…

1 comentário:

  1. apenas passei pra deixar uma sugestão do meu novo projecto em colaboraçao com outras duas pessoas:
    http://alicesinoveractingland.blogspot.com

    se quiseres..

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