Hoje debati-me a estudar as passagens que o tempo faz na vida.. a escutar-lhe as curvas e estar atento às suas modificações. Passagens são passagens... sao luzes rasgadas, pela noite apagadas... sao horas passadas pela passagem terminadas... sao ondas que o mar nao aproveita e que o abandono se afeita. Tudo anda, tudo tem o seu movimento cíclico e torturante de se seguir ao que passou. Não se manifestando nem mostrando complacência por quem passa, decide seguir e arrastar idades, circunstâncias, experiências, marés, feridas... arrasta, suporta, carrega e leva em sua demanda... O desperdício de tempo que temos em lhe dar importância, em lhe conceder atenção quando o vimos nos relógios, no tempo, no clima, ao espelho, nas paisagens que passaram, nas recordações que ficaram... Começo a reflectir agora sobre isto e percebo que o tempo me sujeitou à suas discretas inventivas, aos pequenos pormenores que me mostra no espelho e me ressurgem na alma como parte de uma existência descontrolada..
Levantei-me, soerguendo-me ao sol e escutando o pesar pesado que se acometia naquela sala... O cortinado estava fixo na sua rigidez absoluta e o tempo que se distanciava por entre os tecidos escuros, estava pesado e desenhava uma luz estranha no chão... aquela luz era diferente... nunca a tinha visto desta forma.. pode ser ate uma chamada, quem sabe o ressurgimento de algo ou até o invocar de alguma coisa? Tempo, tempo, tempo...
segunda-feira, 12 de julho de 2010
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