sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

A minha gruta

Há grutas grandes. Há grutas pequenas. Há grutas mais ou menos grandes e grutas mais ou menos pequena. Médias, curtas, compridas… todas as grutas são espaços abertos, luzes ao fundo de um túnel qualquer. Costumo dizer que a minha esperança é uma gruta, daquelas mais ou menos compridas e daquelas mais ou menos grandes. É espaçosa, tem espaço para muita imaginação, mas também é pequena porque não tem espaço para nenhuma coragem. Todos nós temos uma luz ao fundo do túnel, uma esperança, algo que nos faça movimentar todos os dias em torno de um objectivo específico, em busca de algo ou de alguém. A minha luz, a minha esperança é a minha gruta. Vivo literalmente fechado dentro de uma gruta e preciso da porta da coragem ou da janela da atitude para descobrir a luz do dia. Quer queiramos quer não, a verdade é que a minha gruta é diferente de todas as outras. Não é escura, não é suja nem tem insectos grandes e raros. A minha gruta é alegre, grande, coberta por muita imaginação, mas incompleta. Falta-lhe a atitude. Falta-lhe a coragem de chegar ao pé de alguém e de falar, de dizer, de exprimir, de soltar, de fazer, de agir, de realizar, de tentar, de tomar, de dizer, de olhar, de esperar, de ter, de ficar…

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